
sábado, 31 de janeiro de 2009
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Voa

Hoje senti que estás a ficar apertado no ninho.
Perdeste a penugem e já se vêm algumas penas.
Começaste-te a abeirar,para o primeiro voo.
Não te vou impedir.
Não te quero impedir.
Deixa-me apenas ensinar-te boas rotas para evitares tempestades.
Deixa-me apenas mostrar-te os teus predadores.
E quando regressares no fim de cada voo.
Deixa-me apenas alisar tuas penas, antes de adormeceres.
28-01-2009
Marrafa
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
domingo, 25 de janeiro de 2009
sábado, 24 de janeiro de 2009
Foi em 1802

TALVEZ AS SUAS PALAVRAS DÊEM PARA REFLECTIR SOBRE OS TEMPOS QUE ATRAVESSAMOS
«Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas
liberdades do que o levantamento de exércitos.
Se o povo Americano alguma
vez permitir que bancos privados controlem a emissão da sua moeda, primeiro
pela inflação, e depois pela deflação, os bancos e as empresas que crescerão
à roda dos bancos despojarão o povo de toda a propriedade até os seus filhos
acordarem sem abrigo no continente que os seus pais conquistaram.»
Thomas Jefferson, 1802
Thomas Jefferson foi o terceiro presidente dos Estados Unidos da América. Para além de estadista foi um filósofo político, um revolucionário, proprietário agrícola, arquitecto, arqueólogo, autor e um espírito elucidativo do iluminismo.
Setúbalês
O Setúbalês!
Um dialecto com potencialidades para se tornar numa Lingua Universal, ou seja, para lá do Pinhal Novo.
Dicionário Setúbalês-Português
• Sóce: Amigo/Senhor/Gajo
Ôôlha, q'é isse, pá sóce..? : Está enganado, Senhor
Hóme: Homem
Denpé: De pé
Sermos – somos
Sêrrem - São
Érrem - Eram
Fôrrem - Foram
Virrem - Viram ou Vêem ou Vêm (dos verbos Ver, Vir e Virar)
Viérrem - Vieram
• Áùa, abrre já a boca toda: Isso não; ou: Assim não pode ser
• Que peix' é? - O que é que se passa?; ou O que é isso?
• Nha mãe: Minha mãe;
Áh, nha mãe: Ai, minha mãe
Á da nha mãe: Na casa da minha mãe; ou - Á casa da minha mãe;
• Ápá parriga ia-te pu grrel acima: Rapariga, quero fazer amor contigo
• Tá o calorr à patada: Está muito calor!
• Tá o calorr a môntes: Está muito calor!
• Desempacharr: Não atrapalhar/facilitar
• Enzole – anzol;
• Ínzol - anzol;
• D'ínzol - com anzol
• Arrepêze – arrependido
• Ganda espiga: grande confusão, grande bronca
• Ganda caldeirada - grande confusão, grande bronca
• Ápá, p'nherrinhe da catôa - Maneira de chamar careca a alguem
• Miga já passô a càminéte - Amigo já passou o autocarro
• Dá um jeitinhe, miga - Com licença
• Dá aí uma teca - Dá-me um bocado
• Amandar - eu amando, tu amandas, ele amanda, nós amandamos, vós amandais, eles amandam... sempre ouvi dizer assim mas não aparece no dicionário....
ex: Amanda a bola p'rá frrente.
• Virr' á corrida - quando alguém vem a correr
• Vai andand'mano! - Não me chateies
• Sóce, salga mas é isse : Esquece essa ideia
• Ápá, ganda vase da merrda! - Tens mau caracter.
• Carramel – Nome dado aos habitantes de Palmela
• Cagalête - Nome dado aos habitantes de Sesimbra
• Camone – Estrangeiro/Forasteiro
• Atrracarr de pôpa: Praticar sexo anal
• Picolho, Barron, Panasca, Panlêre, Pedre Prroença, etc... - Homosexual
• Vá pá ré, home - quando se pede a alguém para se chegar atrás e arranjar mais espaço
• Vai-te emborra chôq' que fazes a àgua negrra - Quando alguem é indesejado
• Cherra à Porrtucel - Cheira mal
• Feia(o) como ó batelão da Secil - Horrível / Gordo(a)
• Embarrcado: Trabalhador da Marinha Mercante
• Jgáde à viva - estar atento
• Tá garruaç - ta frio
• Tá aqui um ganda cachão: a coisa está a ficar agitada
• N' alevantes cachão: deixa-te estar quieto
• Ganda batajol: Uma pedra grande
• Tá ralasse - Está bom, está descansado
• Magalhas pó ganhas - Sou o ultimo a jogar/fazer - expressão pra jogar ao berlinde
• Apá Pintelhe – Miúdo
• Murraçarr- Orvalho, chuva miudinha
• Tá Bebd - Está Alcoolizado
• O Gaje é má rés - O Gajo é Ruim
• Levas um murre pús bêces q`até ficas a fazêrre dóminó pós dôs lades: Levas um murro na cara que até ficas esticado no chão
• Barraquêrre - Pessoa que arma confusão
• Ôôlha, na tarrda muito, tás aqui tás ali!: Vai-te embora.
• Já tás mazé a porr muita mante'ga do pão: Já estás a abusar
• Na asses má bogas c'ú lume tá frraque - (tem o mesmo significado de Abe já a boca ou Aua Sóce)
• Na t`arremes em enzole - não me chateies
• Jogarre aos bonecos- jogar aos matraquilhos.
• Deixarr a boca em chau - Ficar com os lábios rebentados por comer figos ainda mal maduros.
• Larrgar ferrado – envenenar
• Pérré - maré vazia
• Vidrrinhos - Tipo que usa óculos
• Serrem tantas cagente até nos enrolarmos todos - Eram tantas que não conseguimos fazer tudo.
• Bola de catechumbo- bola de futebol em couro
• Zéi o Marr tá Brrab - José, o mar está agitado
• Gasoline - embarcação de pesca
• Aparra-lapes - Apára-lápis (peixe usado para para farinhas e adubos
• Nã mexas no tempo q senão ainda chove: Não mexas que podes estragar
E como não podia deixar de ser os discursos que ficaram conhecidos:
• Eles errem trrinta agente erremos só vinte nóve más eu...
Eles darr darrem mas levarrem que se fartarrem.
• Tens más córrenes nessa cabeça q`uma saca de carracóis
• Orra ápá soçe deves andare és esquecide quand endavam ca lata de trrês bicos - É o que a malta mais velha diz aos 'novos ricos' com mania, a lata de 3 bicos era quando antigamente muita gente ia á sopa dos pobres e levavam normalmente uma lata grande de conserva.
• Algirra mete os putos na barraca que vai haverre mocada
• O que tu querrias erra um rabd` arraia plos enterrefolhos acima......
acho que não neceessita de tradução
• épa parriga ja deste comer aos passes é que eu fui ao medico da prosta na tive tempo
Apá parriga qué inse, hã? Que pêxe é?
Da prosefice ou da meia tona?
É masé da profundurra!!
• Iste agorra tá tude perrdide, atão na vês essas raparrigas cagorra só querrem é andarr com este e c'aquele e a tomarrem a 'pírrela' (pílula) ou o que é insse...!
• Boa nôte minhas senhorras e mês senhorres
há aqui um grrupo de soces que nã sã soices da Onião e tão assentados
É só pá avisarr os soces que nã são soices pa se alevantarrem, e os
soces que são soices pa se assentarrem.
(Aviso de um ex presidente da União Setubalense num dos muitos e famosos Bailes daquela instituição.):
Tradução
Boa Noite, minhas senhoras e meus senhores
há aqui um grupo de pessoas que não são socios da União e estão sentados
É só para avisar as pessoas que estão sentadas e não são sócios para se levantarem
E as pessoas que são sócias para se sentarem.
Reflecção

Venha comigo a uma sala de aula do primeiro ano...
Há um menino de seis anos sentado à sua carteira e de repente há uma poça entre seus pés e a parte dianteira de suas calças está molhada.
Pensa que o seu coração vai parar. Não imagina como isso aconteceu. Nunca havia acontecido antes e sabe que, quando os outros meninos descobrirem, nunca mais o deixarão em paz. Quando as meninas descobrirem, nunca mais falarão com ele enquanto viver.
O menino acredita que o seu coração vai parar, abaixa a cabeça e pensa:
"Isto é uma emergência! Eu necessito de ajuda agora! Mais cinco minutos e serei um menino morto".
Levanta os olhos e vê a professora a aproximar-se, com um olhar que diz que foi descoberto.
Enquanto a professora está andando em direção a ele, uma colega chamada Susana está a transportar um aquário cheio de água. Susana tropeça na frente da professora e despeja inexplicavelmente a água no colo do menino. O menino finge estar irritado, mas ao mesmo tempo interiormente diz "Obrigado, Senhor! Obrigado, Senhor!"
De repente, em vez de ser objeto de ridículo, o menino é objeto de compaixão.
A professora desce apressadamente com ele e dá-lhe calções de ginástica para vestir enquanto as suas calças secam.
Todas as outras crianças estão sobre suas mãos e joelhos, limpando o chão junto à sua carteira.
A compaixão é maravilhosa. Mas como tudo na vida, o ridículo que deveria ter sido dele foi transferido para outra pessoa - Susana. Ela tenta ajudar, mas dizem-lhe para sair:
- Já fizeste disparate que chegue, sua desajeitada!
Finalmente, no fim do dia, enquanto estão à espera dos pais, o menino vai até junto de Susana e sussurra-lhe:
- Fizeste aquilo de propósito, não foi?
E Susana sussurra-lhe de volta:
- Eu também molhei as minhas cuecas uma vez.
Todos precisamos de ajuda, alguma vez na vida. Todos temos oportunidade de ajudar, várias vezes na vida. Ajudemos sempre que pudermos. Mereçamos sermos ajudados quando chegar a altura em que necessitarmos. E tenhamos sempre presente que - inevitavelmente1 - todos nós tivemos descuidos na nossa vida...
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
domingo, 18 de janeiro de 2009
sábado, 17 de janeiro de 2009
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
A brincadeira.
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Hoje estavas escondida.
Vinha ter contigo.
Procurar meu abrigo.
Olhei.
Espreitei.
E pensei.
Está envergonhada?
Tapou a cara?
Escondeu o rosto por detrás das nuvens?
Tapou a coroa?
Queres que me engane?
Que siga outro rumo?
Queres que siga outro caminho?
Sei onde está meu ninho.
A mim não me enganas.
Conheço-te pelo cheiro.
Podes desviar as estradas.
Esconder tuas entradas.
Podes brincar comigo.
Eu gosto!
É sinal que estás viva.
É sinal que não me esqueces.
É sinal que me mereces.
Aproveitas a chuva e a tempestade para brincar?
Podes contar comigo.
Darei todas as voltas.
Seguirei tuas rotas.
Participo no teu jogo.
Mas não desisto.
Darei luta.
Mas podes ter a certeza, é aí que vou ficar.
É aí o meu lar.
É contigo que vou dormir.
Marrafa
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
A minha Cinderela.
Peço desculpa a quem já conhece.
Mas não resisto, porque é para mim um dos melhores (dos poucos) poemas que escrevi até hoje,
Aí Palmela!
Estou a verte da janela.
Triste.
Nua.
Como menina de rua.
Pobre.
Que um dia já foi nobre.
Vejo nas tuas nascentes lágrimas.
Que choram pelo Pai que perdeu.
Que sempre tudo lhe deu.
Vejo tuas vielas como rugas.
Nuas, cruas, sem vida.
Quando venho sobre o Tejo.
E mal ao longe te vejo.
Apetece-me dar-te um beijo.
Dizer que te vou pintar.
Cobrir teu corpo com o mais belo vestido.
És como uma adolescente que o padrasto não deixa ir ao baile.
Quero tirar-te esse xaile.
Pintar-te, pôr-te bela.
P´ra quando vier à janela.
Verte sorrir lá do alto.
Como minha Cinderela.
António Marrafa
Mas não resisto, porque é para mim um dos melhores (dos poucos) poemas que escrevi até hoje,
Aí Palmela!
Estou a verte da janela.
Triste.
Nua.
Como menina de rua.
Pobre.
Que um dia já foi nobre.
Vejo nas tuas nascentes lágrimas.
Que choram pelo Pai que perdeu.
Que sempre tudo lhe deu.
Vejo tuas vielas como rugas.
Nuas, cruas, sem vida.
Quando venho sobre o Tejo.
E mal ao longe te vejo.
Apetece-me dar-te um beijo.
Dizer que te vou pintar.
Cobrir teu corpo com o mais belo vestido.
És como uma adolescente que o padrasto não deixa ir ao baile.
Quero tirar-te esse xaile.
Pintar-te, pôr-te bela.
P´ra quando vier à janela.
Verte sorrir lá do alto.
Como minha Cinderela.
António Marrafa
Não acredito.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Aí solidão, solidão.
Na vida, chega um momento - e penso que ele é fatal - ao qual não é possível escapar, em que tudo é posto em causa: o casamento, os amigos, sobretudo os amigos do casal. Tudo menos a criança. A criança nunca é posta em dúvida. E essa dúvida cresce à sua volta. Essa dúvida, está só, é a da solidão. Nasce dela, da solidão. Podemos já nomear a palavra. Creio que há muita gente que não poderia suportar o que aqui digo, que fugiria. Talvez seja por essa razão que nem todos os homens são escritores. Sim. Essa é a diferença. Essa é a verdade. Mais nada. A dúvida é escrever. É, portanto, também, o escritor. E com o escritor todo o mundo escreve. É algo que sempre se soube.
Creio também que sem esta dúvida primeira do gesto em direcção à escrita não existe solidão. Nunca ninguém escreveu a duas vozes. Foi possível cantar a duas vozes, ou fazer música também, e jogar ténis, mas escrever, não. Nunca.
Marguerite Duras, in "Escrever"
Creio também que sem esta dúvida primeira do gesto em direcção à escrita não existe solidão. Nunca ninguém escreveu a duas vozes. Foi possível cantar a duas vozes, ou fazer música também, e jogar ténis, mas escrever, não. Nunca.
Marguerite Duras, in "Escrever"
Olha este!
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